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Recaída faz parte do processo?

Você já deve ter ouvido por aí que recaídas fazem parte da recuperação, certo?

ERRADO!

Nada poderia estar mais distante da verdade!

Vamos citar duas frases das irmandades anônimas (AA e NA):

  • “Qualquer pessoa que seguir cuidadosamente os caminhos do nosso programa, irá se recuperar. Com exceção daqueles que não tem a capacidade de serem honestos.”
  • “O adicto não é responsável por sua doença, mas é responsável por sua recuperação.”

Essas frases mostram claramente que após a pessoa ter acesso a um tratamento e ser apresentado as ferramentas de recuperação, ela tem o poder de escolha do que fazer e do que não fazer.

Não ser responsável por sua doença está relacionado ao descontrole das consequências que o abuso da substância acarretou. E isso só voltará a ser presente após a primeira dose.

Ser responsável por sua recuperação está relacionado ao poder de escolha de evitar a primeira dose, e todo o contexto que pode levar a isso.

É muito comum pessoas que vivem indo e voltando de tratamentos, usarem como justificativa para suas recaídas a inabilidade da família em lidar com sua doença, a cobrança em excesso, o emprego difícil, a falta de autoconfiança, a falta de aceitação…

Enfim, tentam jogar sua responsabilidade para outras pessoas e situações, quando a responsabilidade e/ou culpa por não se manterem em recuperação é única e exclusivamente sua!

Quem muda em recuperação é o adicto, não o mundo a sua volta.

Portanto, se esse adicto está em recuperação, construindo uma vida plena, nada nem ninguém, nenhum problema, nenhuma catástrofe, nenhuma situação difícil será motivo ou justificativa para uma volta ao uso.

Pelo contrário, esse tipo de situação servirá como alicerce para sua evolução e crescimento.

Adictos em recuperação são aqueles que dentro do tratamento, compreendem o que é a doença da adicção, que assumem as responsabilidades do que ocorreu no passado e do que precisam construir no presente e futuro, que se familiarizam com as manifestações da doença apesar de estarem limpos, e estabelecem prática constante dos métodos de tratamento e recuperação.

São aqueles que constroem uma maneira de viver que entregue bem-estar, felicidade e satisfação de formas incomparáveis ao que as substâncias entregavam, a ponto de a possibilidade de uma volta ao uso ser praticamente inexistente.

E isso virá como resultado de uma rotina baseada em cuidados com seu ambiente, sua saúde física, mental, emocional e espiritual – evolução e crescimento constantes – entendendo que satisfação e prazer virão do processo de uma vida responsável, com propósito.

Seria maravilhoso se todo adicto (a) compreendesse isso desde a primeira vez que tem a oportunidade de um tratamento e desenvolvesse o desejo de mudar desde o início.

Porém, a realidade mostra que na prática, isso ainda acontece com a menor parte. Muitos escolhem se manter no uso apesar de todas as consequências, infelizmente.

Para aqueles que tem uma nova oportunidade de tratamento após uma recaída, que não acabaram em prisões, não foram abandonados pela família, não perderam sua sanidade, ou morreram, essa recaída poderá servir como uma forma de convencê-los de que para se manter em abstinência e viver uma vida plena, é preciso mudar, é preciso se esforçar!

Em nosso trabalho temos como um dos objetivos principais, transparecer essa realidade a nossos pacientes, e proporcionar um ambiente em que eles possam escolher por recuperação, por mudança de vida.

E não mais uma roleta russa que uma volta ao uso representa.

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