O período de recuperação de um adicto é uma fase delicada. Familiares e amigos, muitas vezes na vontade de ajudar, acabam “escorregando nas atitudes” e fazem coisas que podem ter um sentido contrário ao pretendido.
Por isso, certos atos que venham tornar uma situação de convívio constrangedora precisam ser banidos durante essa etapa de reestruturação e ressignificação da vida.
Confira algumas atitudes a serem evitadas durante o contato com um adicto.
- Sem remoer o passado: nunca relembrar as coisas ruins que passaram. Falar sobre traumas da infância e fazer o adicto reviver lembranças pode ser algo muito ruim. Também é inconveniente recordar os atos que ele cometeu durante o uso dos entorpecentes.
- Sem comparações: qualquer comparação com a vida de outra pessoa é algo desagradável. Para um adicto em recuperação isso pode ser algo pior ainda. Os familiares jamais devem comparar a vida dele com a de um parente ou amigo.
- Chantagem emocional não pode: expressões como “se você gostasse mesmo de mim não teria feito isso!” ou “eu sou mais importante que a droga ou não?” são desaconselháveis. A dependência é uma doença e levar o indivíduo a uma reflexão assim pode piorar a situação.
- Xingamentos jamais: amor e carinho devem ser prioridades no trato com um adicto em recuperação. Esse é o período em que ele mais precisa do apoio familiar. Palavras grosseiras, gritos e ofensas são as piores coisas a se fazer.
- Piadas não são bem-vindas: contar piadas e histórias relacionadas a adicção pode ser algo desagradável. Mesmo com a boa intenção de animar o indivíduo, esse tipo de distração pode gerar um efeito contrário.
- Fingir que nada aconteceu: esse é um erro muito comum. Aparentar que tudo está bem e que nada ocorreu não o ajudará. O ideal é ter equilíbrio e transmitir a ideia de acolhimento.
Enfim, para dar o melhor apoio é necessário sempre usar o bom senso. Se a situação durante a convivência for difícil, o ideal é que a família busque ajuda profissional para fazer o melhor por seu ente querido.